Incrível. Sensacional. Inesquecível. Magnifíco. Memorável. Perfeito.
Não existem palavras, seja no idioma que for, para descrever o que foi o show do Stereophonics.
Primeiramente, e nada mais justo que isso, o lugar. O Royal Albert Hall é simplesmente sensacional. Clássico, elegante, mas confortável. Parece não haver poltrona ou lugar ruim no "teatro". Ficamos na parte do meio, no mesmo "andar" que o palco. Tecnicamente estávamos mais longe em distância, mas mais próximos em altura, em nível. Fora isso, pensar que nos encontrávamos no exato local onde foi gravado o Unplugged do Oasis em 1996. Olhar pra cima e ver os mesmos camarotes em que o Liam (que até então acreditavasse ser vítima de uma trágica dor de garganta que o afastou do show) xingou o Noel enquanto tomava uma cerveja e fumava seu cigarro.
Segundo, a Guinness. Procuramos pubs ao redor de todo o RAH e nada. Incrível, mas realmente não havia. No entanto, quando já havia desistido de beber, entramos no teatro e adivinhe o que: Guinness. E não só Guinness, mas também Stella, Becks, etc. Óbvio que fiquei com a mais escura. Dois pints (tudo bem que ingeridos rapidamente, pois o show já estava por começar) foi a medida exata pra curtir o show.
Terceiro, a banda, é claro. Não há o que dizer. Se tem alguma banda que ao vivo consegue superar a já excelente qualidade dos discos de estúdio, essa banda é Stereophonics. O Kelly dá uma aula de canto em muito vocalista mais famoso por aí. E além de tudo, é muito simpático no palco. Sempre com um copo de cerveja, brindando a cada intervalo (cheers!). O resto da banda é muito boa também. Mas sejamos francos, não passam de coadjuvantes. O "showman" ali todo mundo sabe quem é. Sempre agitando o público, pedindo pra pular, pra se levantar. E deixando as lacunas pro coro da multidão prevalecer.
Quarto, o repertório. Sensacional. (fora de ordem, e não completo, apenas os destaques)
- More Life In a Tramps Vest - O show começou explodindo. Quando ainda persistia aquele misto de "vai começar" com "ainda não acredito que estou aqui", começam os sons da guitarra e bateria. Tudo muito rápido, não dá tempo de assimilar.
- Local Boy In the Photograph - Uma das mais esperadas. O clássico mais antigo. Não deixou a desejar. Gurizada pulou e gritou muito.
- Maybe Tomorrow - Admito que essa eu não estava muito empolgado pra ouvir. Depois de tantas audições no Pub, achei que a música estava morta pra mim. Mas me enganei. Foi uma das melhores (ou A?). O Kelly começou sozinho, com violão, bem calmo. Foi agitando, agitando, agitando, e virou uma loucura. Matou a pau.
- You're My Star - "Novidade" do show. Já conhecia a música, mas é nova. Gostei bastante e pretendo comprar o single amanhã, inclusive. Muito bonita, ficou um clima bem legal no RHA inteiro.
- Mr. Writter - "I wrote this song in ten minutes.", palavras do Kelly antes de tocar. Se é verdade ou não, pouco importa. O importante é que é uma BAITA música. E ao vivo é ainda melhor!
- Just Looking - Multidão veio a baixo nessa. Todo mundo acompanhando, cantando e vivendo a música, de verdade. Foi uma das mais emocionantes.
- Have A Nice Day - "Ba-ba-na, ba-ba-banana!" Todo mundo cantou junto. O difícil era saber o que cantar: a letra ou o "banana". No fim cada um escolheu uma parte e ficou massa.
- Handbags & Gladrags - Tudo bem que é um cover. Mas é sensacional. Bem calminho. O piano bem divertido e o refrão contagiante.
- Billy Davey's Daughter - De novo, só o Kelly e o violão. Perfeito. Emocionante. Três minutos e quarenta segundos de escorrer lágrimas pelos olhos.
- Dakota - Bom, Dakota. A última música do show. AFUDE! Todo mundo pulando e cantando os diferentes refrões. Sim, refrões. Porque Dakota é tão boa e grudenta que parece ser composta apenas de refrões. "Take a look at me now!", "You make me feel like the one.", "I don't know where we are going now". Sem palavras, cara. Dakota matou a pau. Destruiu... e mais um pouco.
Poderia falar sobre todas as músicas (foram o que... 16 mais 3 ou 4 de bis?), mas destaco estas. Não se preocupem que vídeos serão postados aos poucos, assim como fotos. Me passei no tamanho desse post, mas é que realmente estou empolgado. Espero que não tenha ficado massivo.
E é isso o que tenho pra dizer após ter realizado um dos maiores sonhos da minha vida.

Nós e a banda ao fundo.